TRATAMENTO DO MELASMA FACIAL COM PEELING DE ÁCIDO TRANEXÂMICO LIPOSSOMADO A 10%: SÉRIE DE CASOS CLÍNICOS
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.17858091Palavras-chave:
Melasma, Peeling químico, Hipercromias faciais, Ácido tranexâmico, MASI, Peeling Químico, Estética FacialResumo
O melasma é uma hiperpigmentação facial crônica e recidivante, frequente em mulheres e associada a impacto psicossocial significativo. A heterogeneidade de resposta e as recidivas justificam a busca por terapias adjuvantes. O ácido tranexâmico (AT) tem se mostrado promissor por modular vias inflamatórias e vasculares relacionadas à melanogênese, sobretudo em formulações de maior permeação, como a lipossomada. Este estudo avaliou a eficácia clínica e a segurança do peeling seriado de AT lipossomado 10% em melasma facial. Realizou-se uma série de casos retrospectiva com cinco pacientes, fototipos III e IV de Fitzpatrick, submetidos a sessões mensais de peeling químico, associadas a home care padronizado e fotoproteção rigorosa; parte da amostra utilizou terapia sistêmica adjuvante. A gravidade do melasma foi avaliada pelo Melasma Area andSeverity Index (MASI) antes e após o protocolo, com documentação fotográfica padronizada. Os escores iniciais do MASI variaram de 2,8 a 33,6 e os finais de 0,9 a 27,0. Houve redução do MASI em quatro pacientes e aumento discreto em um caso, indicando melhora clínica predominante com resposta individual variável. O protocolo foi bem tolerado, sem eventos adversos graves registrados. Conclui-se que o peeling de AT lipossomado10% podem contribuir para melhora do melasma em parte dos pacientes, especialmente quando associado a fotoproteção contínua e cuidados domiciliares. Estudos controlados, com amostras maiores e seguimento prolongado, são necessários para confirmar a efetividade e avaliar recidivas.
Referências
1. Handel AC, Miot LD, Miot HA. Melasma: a clinical and epidemiological review. An Bras Dermatol. 2014 Sep-Oct;89(5):771-82. doi: 10.1590/abd1806-4841.20143063. PMID: 25184917; PMCID: PMC4155956.
2. Barbosa APC, et al. Peeling de ácido tranexâmico na abordagem clínica do melasma misto: relato de caso com êxito terapêutico. RevFaipe. 2024;14(2):42-52.doi:10.5281/zenodo.15460223.
3. Pollo CF, Miot LDB, Miot HA, Meneguin S. Meanings of quality of life for patients with facial melasma. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther. 2018;16:e3318, 2018.
4. Tamega AA, Miot LD, Bonfietti C, Gige TC, Marques ME, Miot HA. Clinical patterns and epidemiological characteristics of melasma. J EurAcad Dermatol Venereol. 2013;27:151-6.
5. Baldin AV, et al. Adaptation and initial validation of the Melasma Quality of Life Scale for Brazilian Portuguese (MELASQoL-BP). Br J Dermatol. 2006;156(1):13-20.
6. Brenner M, Hearing VJ. Modifying skin pigmentation: approaches through intrinsic biochemistry and exogenous agents. Drug Discov Today Dis Mech. 2008;5(2):e189-e199.
7. Passeron T. Melasma pathogenesis and influencing factors: overview of the latest research. J EurAcad Dermatol Venereol. 2012;27 Suppl 1:5-6.
8. Kang HY, Ortonne JP. What should be considered in treatment of melasma. Ann Dermatol. 2010;22(4):373-8.
9. Konisky H, et al. Tranexamic acid in melasma: A focused review on drug administration routes. J Cosmet Dermatol. 2023;22(4):1197-1206.
10. Khan SH, Alam MB, Alvi MS. Comparison study between chemical peeling with 70% glycolic acid versus intradermal tranexamic acid injection in the treatment of melasma. J Pak Assoc Dermatol. 2024;34(2):151-7.
11. Mushtaq S, et al. Comparison of the efficacy of intralesional tranexamic acid versus topical 4% hydroquinone in treating melasma. Cureus. 2022;14(8):e28547.
12. Singh R, et al. Comparativestudyof oral tranexamicacid + fórmula de Kligman modificada versus oral tranexamicacid + ácidoazelaico 15% no tratamento do melasma. Cureus. 2023;15(6):e40908.
13. Naheed A, et al. Intradermal injected tranexamic acid vs intense pulsed light in the treatment of melasma. Prof Med J. 2023;30(11):1410-5.
14. Gomaa IG, Obaid ZM, Fouda I. Intradermal injection of tranexamic acid versus platelet-rich plasma in the treatment of melasma: a split-face comparative study. Arch Dermatol Res. 2023;315:1763-70.
15. Abdul Ghani ZN, Abbood MK. Tranexamic acid in the treatment of melasma: a comprehensive review of topical, intradermal, and oral administration. Int J Med Sci Clin Res Stud. 2024;4(3):382-6.
16. Sanches MHF, Melo ACA, Fernandes CER, Costa GCG. Melasma: Epidemiologia, patogênese, apresentação clínica e diagnóstico. Br J Implantol Health Scie. 2024;6(10):1580-1597.
17. He, X. et al. The Emerging Role of Visible Light in Melanocyte Biology and Skin Pigmentary Disorders: Friend or Foe?J. Clin. Med. 2023;12:748.
18. SHI Y. et al. Particulate matter promotes hyperpigmentation via AhR/MAPK signaling activation and by increasing a-MSH paracrine levels in keratinocytes. Environmental Pollution. 2021;278: 116850.
19. Kwon, S.H. et al Heterogeneous Pathology of Melasma and Its Clinical Implications. Int. J. Mol. Sci.2016;17:824.
20. Majid I, Aleem S. Melasma: update on epidemiology, clinical presentation, assessment, and scoring. J Skin Stem Cell. 2022;8(4):e120283.
21. Singh VM, Harti S, Rai S, Agrawal V. Dermatological photography – Guidelines. J Ayurveda. 2024;18(3):189-193.
22. Cestari TF, et al. Validation of a melasma quality of life questionnaire for Brazilian Portuguese language: the MelasQoL-BP study andimprovement of QoL of melasma patients after triple combination therapy. British Journal of Dermatology. 2007;156(suppl. 1):13–20.
23. Phung M, et al. Best Practices for Clinical Skin Image Acquisition in Translational Artificial Intelligence Research. Journal of Investigative Dermatology. 2023;143:1127–1132.
24. Bulengo-Ransby SM, et al. Topical tretinoin (retinoic acid) therapy for hyperpigmented lesions caused by inflammation of the skin in black patients. The New England Journal of Medicine. 1993;328(20): 1438-1443.
25. Liang R, Luo H, Pan W, et al.Comparative efficacy and safety of tranexamic acid for melasma by different administration methods: A systematic review and network meta-analysis.J Cosmet Dermatol. 2024;23: 1150-1164.
26. Parrado C, Philips N, Gilaberte Y, Juarranz A, González S. Oral photoprotection: effective agents and potential candidates. Front Med. 2018;5:188.
27. Goodson AG, Cotter MA, Cassidy P, Wade M, Florell SR, Liu T, Boucher KM, Grossman D. Use of oral N-acetylcysteine for protection of melanocytic nevi against UV-induced oxidative stress: towards a novel paradigm for melanoma chemoprevention. Clin Cancer Res. 2009 Dec 1;15(23):7434-40.
28. Nayak V, Singh KRB, Singh AK, Singh RP. Potentialities of selenium nanoparticles in biomedical science. New J Chem. 2021;45:2849-2878.
29. Mansouri M. EI, et al. Evaluation of the effectiveness and safety of combined oral and topical photoprotection with a standardized extract of Polypodium leucotomos (Fernblock®) in a Moroccan population with xeroderma pigmentosum. PhotodermatolPhotoimmunolPhotomed. 2023;39:607-612.
30. Roux BSJ, et al. Ferulic Acid Use for Skin Applications: A Systematic Review. J Clin Aesthet Dermatol. 2025;18(4):38–42.
31. Staniforth V., Wen-Ching Huang, Aravindaram K, Ning-Sun Yang. Ferulic acid, a phenolic phytochemical, inhibits UVB-induced matrix metalloproteinases in mouse skin via posttranslational mechanisms. Journal of Nutritional Biochemistry. 2012;23:443–451.
32. Jacobo-Velázquez DA. Ferulic Acid: Mechanistic Insights and Multifaceted Applications in Metabolic Syndrome, Food Preservation, and Cosmetics. Molecules. 2025; 30:3716.
33. Ai‐Young Lee. Recent progress in melasma pathogenesis.Pigment Cell & Melanoma Research. 2015;28(6):648-660.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Os autores mantêm os direitos autorais de seus trabalhos e concedem à Revista Brasileira de Harmonização Orofacial o direito de primeira publicação, sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), que permite compartilhamento e adaptação do material, desde que citada a autoria e a fonte. Os autores garantem que o manuscrito não infringe direitos de terceiros e assumem total responsabilidade pelo conteúdo publicado.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os artigos publicados na RBHOF são licenciados sob a licença Creative Commons Attribution 4.0 International (CC BY 4.0), que permite o uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o autor e a fonte originais sejam devidamente creditados.
